quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vendas crescem 8,6% em agosto

Os números do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) relativos ao mês de agosto mostram manutenção do ritmo positivo das vendas no varejo. A média registrada no mês para as compras à vista e a prazo foi de 8,6% de crescimento na comparação com igual mês do ano anterior. Mantendo-se os parâmetros atuais de expansão, a projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), é de crescimento de 8% nas vendas anuais.
"A realidade dos números confirma nossa previsão. Estamos diante de um ano de excelentes resultados e há espaço para fecharmos acima das expectativas", disse Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Os dados consolidados para o SCPC, termômetro das compras a prazo, mostram em agosto expansão de 10,3% na comparação com igual mês do ano passado, e 0,1% de alta tendo julho de 2010 como parâmetro. No caso do SCPC Cheque, que mede as compras à vista, a alta sobre agosto de 2009 foi de 6,9%, mas na comparação com julho deste ano registrou-se queda de 1,9%.
Segundo Emílio Alfieri, economista da ACSP, os resultados confirmam a boa irrigação de crédito na economia. "As compras à vista crescem no mesmo ritmo da massa salarial, entre 6% e 7%. Já os negócios a prazo, que são de maior valor, sobem mais que o salário, pois são impulsionados pelo crédito."
Inadimplência – Agosto mostra ainda elevação nos registros recebidos (carnês em atraso), que cresceram 7% na comparação com igual mês de 2009. Esse aumento, segundo Alfieri, ainda reflete as fortes vendas registradas em maio – estimuladas pelo Dia das Mães –, com alta de 15,7% a prazo.
Os dados mostram alguma dificuldade para o consumidor quitar as prestações em dia. Mas, de acordo com Alfieri, não há motivo para preocupação, uma vez que os registros cancelados (carnês quitados ou renegociados) também se elevaram em agosto, em 8,9% na comparação com igual mês do ano passado.

As altas equivalentes nos dois registros mantêm o nível de devedores sob controle. Hoje, a inadimplência líquida está em 5,8%, patamar considerado aceitável. A inadimplência líquida é medida subtraindo-se os registros cancelados dos recebidos e dividindo-se o resultado pelo número de consultas aos sistemas do SCPC dos últimos três meses.
Outro dado que chama a atenção é o número de concordatas requeridas, que caiu de nove para quatro entre agosto de 2009 e agosto de 2010. Além da queda, os quatro pedidos de concordata deste ano foram da mesma rede, a Zacharias de Pneus, que acumulava dívida de R$ 12 milhões.



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